Publicado em 10/04/2008
Hoje em dia são produzidos cerca de 500 milhões de toneladas de ferro a partir das reservas naturais e outros 300 milhões de toneladas provenientes da reciclagem. A existência de ferro nas suas diversas formas em reservas naturais ultrapassa os 100 biliões de toneladas (maioritariamente na forma de Fe3O4, Fe2O3, FeO (OH) e FeCO3).
O ferro é obtido por redução de óxidos de ferro em atmosferas fortemente redutoras, utilizando frequentemente carvão. O processo mais comum implica a redução do ferro a alta temperatura, nos altos fornos, utilizando carvão como combustível para a produção de calor e como fonte de espécies redutoras, que vão converter os óxidos de ferro em ferro fundido. O processo descrito envolve também a adição de carbonato de cálcio para remoção de impurezas.
O ferro fundido, pela forma como é produzido, contém cerca de 3% de carbono e ainda vestígios de enxofre, sílico manganês e fósforo, e constitui a matéria-prima para a produção de aço. Apesar do ferro fundido não ser tão resistente como o aço, sendo substancialmente mais barato, possui muitas aplicações, podendo ser utilizado, também, em ligas com outros metais como o níquel ou magnésio.
O elemento em estudo tem uma grande quantidade de aplicações,
particularmente na forma de aço, sendo o metal mais utilizado a nível
mundial. As suas utilizações vão desde pequenas peças, como chaves de
parafusos, pregos ou martelos, até aplicações de grandes dimensões como
navios ou estruturas metálicas para pontes e edifícios.
Dada a sua reactividade química os objectos de ferro estão sujeitos a corrosão, reagindo com o oxigénio atmosférico ou dissolvido na água (no caso de barcos) produzindo a conhecida ferrugem. A resistência à ferrugem das peças de ferro pode ser melhorada por uma variedade de técnicas que podem ir do recobrimento com metais protectores como o estanho ou o zinco até à utilização de ligas com outros metais, como níquel ou o tungsténio. O aço conhecido como aço inoxidável é uma liga com crómio e níquel que, na sua forma mais comum contém 18 % de crómio e 8 % de níquel (o chamado aço 18-8).
A produção de ferro mais puro, é importante em aplicações específicas e pode ser feito por técnicas específicas, tal como a electrólise, a redução do óxido ou hidróxido com hidrogénio ou por formação de um complexo de carbonilo, o Fe(CO)5, seguido de decomposição térmica deste composto.
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