Publicado em 18/11/2005
A eliminação de um determinado gene do genoma de um organismo pode revelar-se incompatível com a viabilidade das células se se tratar de um gene essencial e só estiver presente com uma única cópia.
Por vezes, desconhece-se se o gene que se pretende eliminar é ou não um gene essencial. Deste modo, é conveniente que o processo de eliminação se realize inicialmente em células
diplóides
, uma vez que contêm duas cópias de cada gene. Assim, mesmo que se elimine uma das cópias a outra mantém-se activa, assegurando a viabilidade da célula. Obtém-se assim um mutante com um dos dois genes eliminado, ou seja, uma estirpe
diplóide heterozigótico
(Figura).
Para verificar se o gene em causa é ou não essencial faz-se esporular as células do mutante diplóide heterozigótico assim preparado. Os quatro esporos (haplóide) resultantes são isolados experimentalmente e cultivados em meio de cultura. No caso de se tratar de um gene essencial, as duas células filhas haplóides que herdaram o gene eliminado não são viáveis e, portanto, não vão crescer em meio de cultura. Se se verificar que as quatro células filhas são capazes de dividir e formar colónias , então conclui-se que o gene não é essencial (Figura). Neste caso, a sua eliminação pode ser feita directamente numa célula de levedura haplóide. (saber mais)
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