Publicado em 07/04/2008
A interacção de um microrganismo patogénico com o seu hospedeiro envolve a produção de vários factores de virulência, como por exemplo toxinas, enzimas proteolíticas e lipolíticas. Nalguns casos, a interacção do agente patogénico com o hospedeiro envolve a adesão a estruturas de superfície do hospedeiro, como por exemplo a células epiteliais.
Alguns microrganismos patogénicos são ainda capazes de invadir células especializadas, tornando-se parasitas intracelulares. A expressão dos vários factores de virulência, necessários para o sucesso do microrganismo patogénico no estabelecimento da interacção patogénio-hospedeiro, é estreitamente controlada. De facto, essa expressão não é necessária, sendo até desfavorável ao microganismo, fora deste contexto.
Vários modelos de infecção, desde protozoários a ratos e até primatas, têm-se mostrado muito úteis no esclarecimento dos mecanismos moleculares de virulência de microrganismos. Apesar do número crescente de genomas sequenciados e anotados, o papel preciso dos prováveis factores de virulência, codificados nesses genomas e identificados em estudos in silico, permanece, muitas vezes, por esclarecer.
Este é o caso das bactérias do complexo Burkholderia cepacia. O recurso a modelos de infecção, como por exemplo o rato (Mus musculus) e, mais recentemente, o nemátodo Caenorhabditis elegans, tem sido muito útil na compreensão, ao nível molecular, dos mecanismos de patogenicidade das bactérias do complexo Burkholderia cepacia.
Grupo de Ciências Biológicas do IST | 07/04/2008 | Intermédio
Grupo de Ciências Biológicas do IST | 07/04/2008 | Avançado
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